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Sobre a Obra:

Ian, Sophie, Doug, Coriander, Benjamin e Colin são algumas das personagens de Jonathan Coe que partilham com milhões de britânicos as tormentas de um país dividido nas primeiras décadas do século XXI.
Quando, em 2010, é eleito um governo sem maioria, os problemas estão só a começar. Seis anos depois, o mundo recebe a estrondosa notícia de que o Reino Unido deixará a União Europeia em resultado do referendo que inscreveu a palavra Brexit na História. Mas, em 2018, a confusão continua, assim como as negociações infrutíferas que só aumentam a impaciência e o descontentamento de todos.
O Coração de Inglaterra evoca oito turbulentos anos da vida britânica e o seu reflexo na vida dos cidadãos. Ian e Sophie são recém-casados que veem a relação tremer devido às diferenças políticas; aos 14 anos, Coriander encontra na rebeldia e nas escaramuças que assolam Londres uma forma de lutar por maior justiça social; Colin tem como última vontade poder votar no referendo que afastará o país da União Europeia e – em teoria – devolvê-lo ao que foi no passado; Benjamim, o filho, só quer ficar à margem dos acontecimentos e poder escrever. Pelo meio, o leitor assiste ao significativo aumento das atitudes xenófobas como consequência do declínio da indústria e da diminuição do número de postos de trabalho.

Neste romance, através de uma prosa clara e muito divertida, Jonathan Coe representa de modo magistral os estranhos tempos em que vivemos, mas sobretudo as marcas profundas que deixam nas pessoas.

Sobre o Autor:

Jonathan Coe nasceu em Birmingham, em 1961. É autor de variados romances e livros de não ficção, de que se destaca A Vida Privada de Maxwell Sim (nomeado para o International IMPAC Dublin Literary Award 2012), e vencedor de prémios como o John Llewellyn Rhys Prize 1995, Melhor Livro Estrangeiro de 1996, em França, o Writers’ Guild Best Fiction Award 1997, o Médicis Étranger 1998 e I Prémio Europeu dos Jovens Leitores. Em 2004, foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de França.
O seu mais recente romance, O Coração de Inglaterra, agora publicado pela Porto Editora, encerra a trilogia «não oficial» de que também fazem parte O Rotters’ Club (2001) e O Círculo Fechado (2004), e aponta com humor as fragilidades da moderna sociedade britânica, em particular as que o Brexit veio pôr em evidência.